FEITOR
 

Tornar-me-ei escrava desse tolo capricho
Cordas de pura seda serão as correntes!
Palavras de despudores indecentes...
Conduzir-me-ão em fogo espontâneo ao teu nicho!
 
Anseio ver-te esfaimado feito bicho...
Aplacando a fome ao esvair de sementes!
Sentindo no corpo os tremores frementes
De vidas que fluem num constante esguicho!  
 
Devoras o meu amar... duro... empedernido
Flagelado em emoções inconseqüentes!
De face enviesada e lábios tementes
 
Sejas feitor de cada sonho perdido!
Para que num brado rouco... alto... aludido
Vitalize em sopro as paixões insurgentes!