Soneto De Westphalen

Perdoa-me poesia rasgadora, Santa poesia de metal.

Tenho que fazer um Ode doce pra esta mulher,

De asas brancas e seio afável do jeito que se quer.

Pureza do olhar só amo, nas águas que se reflete o mal.

Oh! Espelho d`água tensa moça linda calada a cantarolar.

Eu cuido de mim aqui e me desprezo acolá. Oh poeta, vá lá.

Beijo os teus pés banhados. Oh! Moça da noite.

Tua a luz clara que agora ofusca o dia, me apaixona outrora foice!

Navego em teu espírito com meu libido a se afogar.

Venha alma doce e menina só de sonhar.

Vem que o mundo é teu, e te dou parte do meu, é parte pequena.

Barca sonssoeira, Sonssoqueta, sossegada e amada,

Não perco teu vôo com remos douro pro asfalto desta estrada.

O céu no chão do espelho quebrado, é o amor venoso que poderoso me envenena.