caça à fêmea

quer o mar que sereia nade nua

deslizando na espuma esbranquiçada,

como fosse uma nave enluarada

viajando ao destino sem ser tua

pois humano respeita o que cultua

mesmo quando a figura enamorada

se desfaz como linha desenhada,

fantasia real que não recua.

logo o corpo se mostra, excitado,

o quadril sob a água destacado,

oferece o prazer imaginado,

àquele ser que ofega, deslumbrado,

que mostra ser um macho irremovível,

na caçada de fêmea volúvel...