Ventos de Dezembro

Esse toque frio em meu rosto marcado pelo tempo

O cheiro, os sabores, as cores nuas já antigas

Como se voltássemos em uma fotografia amarelada pelos anos

Que nos envolve um musica triste e melancólica

O corre-corre nas ruas de pessoas apresadas sem rostos

As luzes fincadas em vitrines vendendo a alma dos poucos

Que nem se dão conta do pobre olhar de quem não pode

Um fantoche em branco e vermelho em um comercial antigo...

E tudo fica mas fácil de se disfarçar, de se encarar com sobras

Os amigos em secretos e descontentes sentimentos escondidos

A benção dos ricos e a fome dos pobres em noite fria

Um silencio, uma lagrima que corre solitária

Levada pelos ventos que agora chegam calados gélidos

Em Dezembro tudo fica mas claro, caro, clar, cl, c...