Loas insanas

Em confuso bailado vinham pela rua

fantasmas de um tempo sem memória

como farrapos de uma louca história

sem luz, sem vida...com as almas nuas.

Entoavam loas ás Parcas, evocando

visões profanas de triste encanto.

Sorrindo esgares pelo fim do mundo,

olhos vazios d e um pesar profundo.

Houve época de amor e canto!

Hoje resquícios de um finado encanto

dos deuses mortos pela realidade.

Quedo-me a ver a procissão insana

passando ao léu da crua verdade:

espelho onírico da razão humana.