ACASO EU MORRA DE SAUDADES!

Sequer distinguirás o pranto infinito
Com o qual compus meus versos flagelados
Tendo na lembrança os sonhos encantados
Dum tempo onde era tudo casto e bonito!

Não ouvirás a canção convertida em grito
A fim de expurgar insolentes pecados!
E do coração os lamentos torturados
Das noites insones... de pesar aflito!

Foste esculpido no sólido granito
E marcado pela aparente frieza!
Mas, no meigo olhar antevi a chama acesa

Sob consumação de corpos em atrito!
E quando, essa presença, a ti, eu solicito
Reduzes-me ao desamparo... da incerteza!