SONETO XIX

Embora a agonia tanto procure

N’alma resista uma paixão controlada

Na amargura da tristeza passada

Com Afrodite o amor comum jure.

Nas lágrimas imortais a cicuta dure

Da vida a morte tão bem comentada

No discurso de Alcmena o tudo e o nada

Nos confins sepulcrais o ódio ature.

É preciso morrer para expor o obvio

Para Elevar o amor que vai crescendo

No contínuo querer do mau me extravio.

No recôndito d’ alma o amor perdido

Renascido da treva do poeta sofrido

Nas lágrimas sentes o amor nascendo.

DR SMITHY

Dr Smithy
Enviado por Dr Smithy em 26/05/2009
Reeditado em 26/05/2009
Código do texto: T1616119
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