PASCEM
PASCEM___
A paz do céu insone em canto solo,
Entre as dobras do alto e baixo mundo,
Corta a face do chão, sangra o profundo,
Das letras, na extensão a que me isolo.
A paz recusa andar com os pés quietos.
Por antigas ruelas, já saía,
Na crença em um só deus, que os protegia,
Nós, ó loucos, nos crermos seus objetos.
Só o passo incorpóreo em tempo vivo
Traz a paz do infinito a nos prover,
Viva ou morta, no verso que persigo.
Angustiado, ó meu ser, tu me ameaças
Co' as lembranças dos restos de prazer
Onde, me deixo em vida à paz... E passas.
Canoas, maio de 2009/RS