PASCEM

PASCEM___

A paz do céu insone em canto solo,

Entre as dobras do alto e baixo mundo,

Corta a face do chão, sangra o profundo,

Das letras, na extensão a que me isolo.

A paz recusa andar com os pés quietos.

Por antigas ruelas, já saía,

Na crença em um só deus, que os protegia,

Nós, ó loucos, nos crermos seus objetos.

Só o passo incorpóreo em tempo vivo

Traz a paz do infinito a nos prover,

Viva ou morta, no verso que persigo.

Angustiado, ó meu ser, tu me ameaças

Co' as lembranças dos restos de prazer

Onde, me deixo em vida à paz... E passas.

Canoas, maio de 2009/RS

Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 28/05/2009
Reeditado em 23/03/2012
Código do texto: T1620532
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