Soneto de Sangue

Despertar no sangue rubro disfarce

Face em lampejo cai num finar tardio

O espelho parecia atinar o expirar frio

Que outra vez se perdia no vil impasse.

Partiu na aurora com sangue na face

Tingindo a tez de vermelho doentio

Numa letargia com máximo arrepio

Hades viria enfim num fútil enlace.

Púrpura e denso liquido na agonia

Lúgubre e tenaz tom deste vermelho

Que até no ar com seu odor em morta tirania.

Feições tristes que através do espelho

Num processo de abatimento morria

Sofrimento lancinante e vermelho.

Herr Doktor

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 29/05/2009
Reeditado em 29/05/2009
Código do texto: T1621636
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