Mitológico

Um semideus sobrevém do céu esgarço

Como um anjo feito um triste Prometeu

Ao presentear a terra com o fogo seu

Num Zeus que pune este desejo lasso.

Na tua solidão o padecer eterno

A decadente anomalia do mortal

O absurdo ao castigar um amor terno

Numa espécie de feitiçaria imortal.

Nas ruínas dos castelos celestiais

Sanha dos seres de impulsos infernais

A rigidez do castigo atormenta.

A beira do penhasco a fúria da inércia

Anátema de um Prometeu que agüenta

Símbolo eventual da tácita Grécia.

DR PAVLOV

Dr Pavlov
Enviado por Dr Pavlov em 29/05/2009
Reeditado em 25/06/2009
Código do texto: T1621984
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