Mitológico
Um semideus sobrevém do céu esgarço
Como um anjo feito um triste Prometeu
Ao presentear a terra com o fogo seu
Num Zeus que pune este desejo lasso.
Na tua solidão o padecer eterno
A decadente anomalia do mortal
O absurdo ao castigar um amor terno
Numa espécie de feitiçaria imortal.
Nas ruínas dos castelos celestiais
Sanha dos seres de impulsos infernais
A rigidez do castigo atormenta.
A beira do penhasco a fúria da inércia
Anátema de um Prometeu que agüenta
Símbolo eventual da tácita Grécia.
DR PAVLOV