DOR DE AMOR

Foi sempre por amor que às vezes chorei
E mesmo assim meu coração não quer dormir
Foram tantos os desenganos pelos quais passei
Que muitas vezes desejei sumir

Mas para onde, se este planeta de expiação
É o que tenho e já que existo tenho que viver?
Só que às vezes os desenganos sagram o coração
E a gente também cansa de não aprender.

Aprender a ser só, já dizia o poeta sonhador
Mas é que às vezes a solidão também machuca
E não se tem como saber qual a maior dor.

Se a dor da solidão ou da distância que parece infinda
Ou a dor dos desenganos da incompreensão
Parece que é o viver que determina.

Brasília, DF

Registrado na Biblioteca Nacional