Soneto fúnebre

Soneto fúnebre

Quando entrei no quarto ela chorava

e as lágrimas molhavam uma foto

e repetia sempre os maternos votos

pois traze-lo pra dentro de si, sonhava.

Seus olhar nadava em triste expressão

como um sol fenecido e sem ardor

mas num ultimo suspiro de amor

sorriu às tristes lembranças do coração

E sonhou novamente ter em vida

aquela bela semente nutrida

aquele pedaço de carne sagrado

Que para ela era um anjo ou Deus

e agora voava com outros véus

e não podia mais ser embalado.

Tito Livio Lisboa
Enviado por Tito Livio Lisboa em 03/06/2009
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