Contemporaneidade
Nessas noites frias de Desterro
tantas almas soltas ao léu
no concreto queimam no fel
no torpor de vidas de ferro.
Todas fracas partem ao inferno
na cultura asfáltica e os réus
nesse mundo em tolo escarcéu
se dissolvem nunca despertos.
No Desterro as bruxas 'stão perto
com portões de ferro e rancor
num inferno denso e desperto.
Nesse mundo insano vivemos...
salvai nossas almas Senhor!
Não sabemos o que fazemos.