LEDO ENGANO
A distância silenciosa, enfim se pronunciou,
Na superficialidade frívola do teu dito amor.
Liberdade mascarada, sem responsabilidade.
Opaca a luz que anseia prazer e foge da dor...
Longe de mim a ilusão, a mentira passageira.
Não condeno, nem julgo – Mas... Não quero!
Busco essência da alma, percepção verdadeira.
Tua primavera é outra, teu fruto ainda verde...
Dizem que o amor é eterno enquanto durar,
Digo que dura enquanto a humildade reinar...
E, quando na mesma estação, desabrochar...
Ainda é servo da vaidade, jaz na aprovação...
Tímida é a mente que carece de ostentação.
Ah, meu querer é outro, além, ledo engano...