*ESTOU ASSIM*

Qual rio corrente sem afluentes
Que devasta terras sem direção
Leva cascalho para as vertentes
Joga na correnteza muita ilusão

Carente de mim dos meus sonhos
Faço do tempo um canto onírico
Para que o coração favo pidonho
Recolha-se sem desencanto lírico

De passaporte apenas o amor
Empobrecido de assinaturas vis
De uma ortografia que abortou
Para fugir de horrores servis

Colhi na correnteza estas flores
Envio-te nestas teclas raptoras

Sogueira

Usando da esperança como ardil
Vencendo as armadilhas dos falazes,
Percebo das belezas que me trazes
Um dia como em sonho, amor previu.

Por mais que o homem seja amargo e vil,
Ainda traz o bem em suas bases
Toquemos com palavras mais audazes
Pensando neste Deus que construiu

Num ato de ternura; este universo.
No encanto pueril de cada verso
Uma grandeza enorme dita amor.

Trazer aos nossos dias, mansidão,
Na força sempre intensa da oração
A certeza de tocar meu Criador.

Marcos Loures
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 05/06/2009
Código do texto: T1633116
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.