ESPINHO

Eu penso em ti, aqui nesse jardim, entre as plantas...

Sempre te ouvi chamar as mulheres de flores

Bem sei que tuas narinas já cheiraram tantas...

Mas, diz: _ Quantas quedaram-se por ti d’amores?

Lembrando delas tu cantas, mas não te encantas,

revivendo os momentos tão abrasadores...

Quantas mulheres tua boca beijou... Sim: _ Quantas?

E alguma delas pode aplacar as tuas dores?!

Nenhuma das mulheres chamadas de flor

conseguiu te fazer feliz no teu caminho...

Antes, perpetuaram mais tristeza e dor.

Por isso, nunca quis ser flor, pois eu sou espinho.

Mas, duvido que alguma tenha mais amor

do que sinto por ti, tampouco mais carinho.

Tânia Regina Voigt
Enviado por Tânia Regina Voigt em 08/06/2009
Reeditado em 17/01/2015
Código do texto: T1637599
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