Flores que redimem
São flores de Maria, o enfeite à mesa
De plástico, no madeiro ofendido:
Velha árvore - Ah! a brasa do cozido.
Que chora no fogão sem mais beleza..
Maria, os teus passos são os meus.
Folguedos, e ilusões, se comunguei,
Os risos dos meus anos, eu confiei;
Àquela que seria a mãe de Deus.
À que me pôs no mundo... dei-lhe flores.
Pois se a outra Maria, desconserta;
Santa é a imagem da Virgem, sem rancores.
Levanta-te, e sai desta calçada,
Com as mãos cheias de flores te liberta.
Sobrando-te as dores, diz-te: É nada!
Canoas, 2009/RS