Flores que redimem

São flores de Maria, o enfeite à mesa

De plástico, no madeiro ofendido:

Velha árvore - Ah! a brasa do cozido.

Que chora no fogão sem mais beleza..

Maria, os teus passos são os meus.

Folguedos, e ilusões, se comunguei,

Os risos dos meus anos, eu confiei;

Àquela que seria a mãe de Deus.

À que me pôs no mundo... dei-lhe flores.

Pois se a outra Maria, desconserta;

Santa é a imagem da Virgem, sem rancores.

Levanta-te, e sai desta calçada,

Com as mãos cheias de flores te liberta.

Sobrando-te as dores, diz-te: É nada!

Canoas, 2009/RS

Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 08/06/2009
Reeditado em 04/02/2012
Código do texto: T1638687
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