CURIOSIDADE

Já me disseram que a curiosidade mata.

Mas este desejo, de pecado aparente,

não é vício ou defeito, mas vontade inata

que até na eternidade vai junto da gente!

Ah! quem não quer saber da mulher que inda exalta

o grande amor que o apaixonado bardo sente?

Quem não quer saber o que a morte nos relata

antes de cruzar-mos seu portal reluzente?

Natural curiosidade , doce poetisa,

que satisfarei na estrofe que sintetiza

o verso e o anverso do majestoso e imenso véu!

E que esta Musa que arrancou-me tantos ais,

não maltratou-me, não me mentiu nunca, jamais,

e ainda me inspira com seus versos lá do céu!

Nelson de Medeiros

11/06/2009

Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 11/06/2009
Reeditado em 19/06/2011
Código do texto: T1643413
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