Soneto do Verdadeiro Amor

Ouvi falar muito de amores sedentos,

de amores insanos, arrebatadores,

daqueles que fazem brotar sentimentos

e espinhos cruéis nas mais belas das flores.

Andando na rua aos sabores dos ventos

eu vi convulsões e palavras de horrores

em nome do amor, causador de lamentos,

em homens estoldos que não têm pudores.

De loucos, de estoldos o mundo está cheio!

Porque muitos pensam que o amor passageiro

por ser tão intenso é real, bom, esteio...

Eu falo pra todos ouvirem primeiro

que o amor tem início – não fim e nem meio:

fenece na morte do ser verdadeiro.

17/06/2009 12h50

Cairo Pereira
Enviado por Cairo Pereira em 17/06/2009
Reeditado em 25/04/2010
Código do texto: T1654048
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