Errante

Parti e de, tão distante, das Gerais;

Meus ais deixei na sobra, no passado,

ao lado de uma dobra em folha a mais,

nos sais do meu semblante paginado...

No estado de outra hora que desdobra,

se cobra um meu voltar, não obstante,

eu cante e sem chorar, minha manobra;

tal obra quebra agora neste instante.

E amante, de outra terra, vou ao mar,

buscar em força plena a minha aurora,

que chora, noutra cena e, sem cessar,

o honrar que não encerra, nem demora.

Senhora, doce enfeite, a mais serena,

tem pena queijo leite o ouro e serra.

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Este eu mandei para um concurso...

Sequer teve alguma classificação. Sinal de que leram, ou não.

Amargo
Enviado por Amargo em 18/06/2009
Código do texto: T1654730
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