CONFISSÕES DUMA SOLTEIRONA


 
De relacionamentos nada compreendo
Se amar, torno o viver inferno instigante!
Na submissão acoberto o ser dominante
E aos poucos todos os elos vão rompendo!
 
A mágoa destrói a tolerância remoendo:
Rejeições e o equívoco grasso... aviltante!
Semelhante ao fogo, eu queimo delirante
Rubra rosa, no deserto, fenecendo!
 
O impulso da paixão prossigo contendo:
Medo suplanta a disponibilidade!
Insone, afago-me na vibrante saudade
 
Da emoção desfeita... coloco remendo!
E esquecida mantenho-me sobrevivendo
No fulgor da longínqua felicidade!