O Anelo Do Poeta

Não quero morrer de sofrer nesta vida

Em canto de quarto, num parto sofrido.

Eu quero que o tempo que vem, pô! Na lida

Me traga o produto de um fruto querido.

Não quero chegar a implorar por um beijo

Pra o meu bem querer, no viver passageiro.

Eu quero que o amor tenha o ardor do desejo,

No átimo certo que aperto-me inteiro.

Parece utopia de dias funéreos

Que o homem não ama ou derrama uma lágrima,

Por sempre viver para ter mais mistérios

em seu tosco mundo – um profundo sem dracma.

E como o poeta tem sisos medonhos

Por tanto almejar o mais doce dos sonhos!

24/06/2009 12h47

Cairo Pereira
Enviado por Cairo Pereira em 25/06/2009
Reeditado em 26/05/2022
Código do texto: T1667422
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