Minha Maldição

Caem as máscaras no chão

O murmúrio choroso dessa água

Desfalece como as pétalas dum botão

Revelando a cinza, o pó, o nada

Sou a nuvem negra que perdura

No céu puro, na eterna vastidão

Sou a pedra fria da sepultura

Que encerra com a dor, a união

Sou a estátua enganosa, a maldição

Quem me toca tem o coração queimado

Pela ira, pela mágoa - a viração

Sou novinha, tenho o peito amargurado

Pelos males que causei à multidão

Antes fosse, só um corpo estirado

Josiane Lima
Enviado por Josiane Lima em 02/06/2006
Código do texto: T168044