__Terras guardadas__
Não deixeis a raiz da vil semente,
Junto à rosa crescer enobrecida!
Deixai-a ao desabrigo e, livremente,
Morrer por tantos males abatida.
Que um frio impiedoso a recubra,
Sufoque-a e lhe cuspa vento e pó,
E o beijo do vulcão, a boca rubra,
Na dela, já imensa, amarre em nó.
Se firme, a caminhar, em solo ruivo,
E queira, enfim, voar - águia de uivo
Que antes beba aos pés de um rio pequeno.
Os ecos se ouvirão... Serão benditos!
E as terras, traficantes desses gritos
Guardadas, morrerão de seu veneno.
Canoas, junho de 2009/RS