__Terras guardadas__

Não deixeis a raiz da vil semente,

Junto à rosa crescer enobrecida!

Deixai-a ao desabrigo e, livremente,

Morrer por tantos males abatida.

Que um frio impiedoso a recubra,

Sufoque-a e lhe cuspa vento e pó,

E o beijo do vulcão, a boca rubra,

Na dela, já imensa, amarre em nó.

Se firme, a caminhar, em solo ruivo,

E queira, enfim, voar - águia de uivo

Que antes beba aos pés de um rio pequeno.

Os ecos se ouvirão... Serão benditos!

E as terras, traficantes desses gritos

Guardadas, morrerão de seu veneno.

Canoas, junho de 2009/RS

Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 04/07/2009
Reeditado em 04/07/2009
Código do texto: T1681935
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