Corpos Hominis
O homem, se da carne frui o chão,
E a anca da raiz, no prumo exato,
Dá-se a ver à palavra em expansão,
O horizonte, além do espinhaço,
A alma se reporta à narrativa
Do verbo ejaculado do faltoso
Que vive à boca, a cela primitiva,
E goza do mistério, o gozoso.
Cai o som e se junta ao estribilho
Que, para si, a história guarda a bula,
E inocenta, em coro, o andarilho.
Exótico, o ser cobra a sua lavra.
A morta natureza que se engula
E invagine o corpo na palavra!
Canoas, julho de 2009/RS