A Sete Palmos
Delírio, pavor sem causa e sem sorte
Na amargura de uma danada memória
A desdita infernal da minha morte
Como um feitiço na fluidez da escória.
Raiva e ódio puiriam do infindo corte
Do espectro nervoso, de triste história
Nas cavas do teu crânio o verme forte
Que carcome as entranhas com histeria.
Nas situações mais atrozes a tua dor
Silente na sinistra morte a chaga
No revolver do passado a tua praga.
Lembranças de tempos idos de pavor
Na expiação interminável do teu terror
Quando será o fim desta morte aziaga?
HERR DOKTOR