A Sete Palmos

Delírio, pavor sem causa e sem sorte

Na amargura de uma danada memória

A desdita infernal da minha morte

Como um feitiço na fluidez da escória.

Raiva e ódio puiriam do infindo corte

Do espectro nervoso, de triste história

Nas cavas do teu crânio o verme forte

Que carcome as entranhas com histeria.

Nas situações mais atrozes a tua dor

Silente na sinistra morte a chaga

No revolver do passado a tua praga.

Lembranças de tempos idos de pavor

Na expiação interminável do teu terror

Quando será o fim desta morte aziaga?

HERR DOKTOR

Dr Flynn
Enviado por Dr Flynn em 10/07/2009
Código do texto: T1692655
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