INEBRIANTE MEMÓRIA

Inebriante memória

O enlace da memória com o pensamento

Fez lembrar-me daquela minha mocidade

Onde o futuro dono de mim em mim mesmo

Esqueceu-me prostrado de costas para a verdade

Algumas e nenhumas coisas boas dizia

Entretanto, carente, sábio, ingênuo, sem ajuda

Aprendi esquecendo que a vida traz alegrias

E soube ser momento não querendo deixar perguntas

Tal como a flor que para abrir-se tem hora,

Vi-me perdido sozinho em caminhos ofegantes

Onde o patético discurso poético levou-me ao agora

Antes a virilidade de tenra idade dava-me amantes

Hoje diversas lutas a fim de prostitutas e glórias

Queria eu, em estado sóbrio, ser orador destas histórias.

FERNANDES OLIVEIRA

Poeta Fernandes
Enviado por Poeta Fernandes em 06/06/2006
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