Charme da morte

Vai-se meu único amor na sangria

Da noite... Minh’alma, também, sem cor

Expira nesse instante de agonia

A chorar: _Sou uma defunta flor!...

Fragrância de velas no corpo amado

Travam-me o sorriso do coração

(Resta-me o canto da morte)!... Então

Meu seio murcha e pende enfeitiçado

Assim saio da vida que se sonha...

Em que outrora ergui cálices ao amor!...

A alma, olhos plácidos, sem dor...

Pulsa num último olhar... Em vão!...

Profiro adeus aos meus!... A morte_a mão

Estendida a me chamar!... Parto... Risonha!...

Teresa Cristina flordecaju
Enviado por Teresa Cristina flordecaju em 26/07/2009
Código do texto: T1720897
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