Necrológico II

É noite na fronteira de um desejo

Índole morta teima na tez vazia

Olhos de pedra na estátua ali jazia

Na dimensão espectral da morte o beijo.

Na lua escura a cor que encobre sofria

Banhando o empíreo triste não vejo

Na silente armada a graça revejo

Soltos o mal e o bem na noite sombria.

Empoeirada a vontade delira ante

A matiz incógnita de um amante

As esmeraldas pedras de um alento.

Um frio tumular cobre o sofrimento

Submerso o alvo incerto de tom cruento

Na obscuridade jaz o espectro errante.

Dr Mendelev

Dr Mendelev
Enviado por Dr Mendelev em 28/07/2009
Código do texto: T1723506
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