Necrológico II
É noite na fronteira de um desejo
Índole morta teima na tez vazia
Olhos de pedra na estátua ali jazia
Na dimensão espectral da morte o beijo.
Na lua escura a cor que encobre sofria
Banhando o empíreo triste não vejo
Na silente armada a graça revejo
Soltos o mal e o bem na noite sombria.
Empoeirada a vontade delira ante
A matiz incógnita de um amante
As esmeraldas pedras de um alento.
Um frio tumular cobre o sofrimento
Submerso o alvo incerto de tom cruento
Na obscuridade jaz o espectro errante.
Dr Mendelev