Necrológico IV
Noite escura na iníqua sepultura
Espera, parado, pegado a pedra
Na habitação triste o coração medra
Uma dor arrasto, nato no ato atura.
Inconsciência sem paciência o quebra
Vaza o pranto a rir do riso a fissura
Punido na batalha a tua loucura
Desentranhar a morte, abrir a pedra.
Um heroísmo a tal verdade procura,
Na eqüidade a aparição se atente,
A máxima que só o bem o segura.
Na destruição o desespero se acende
Hiberna na essência do homem a cura...
De todos os males no amor se aprende.
DR PAVLOV