A Pele do Lobo

Por desejos forrados de veneno

Naquele ritmo dos ósculos tépidos

Absorve o anseio inteiro no sereno

No caos da madrugada os alaridos.

Naquela febre acerba do terreno

Na tez do lobo aparecem aludidos

A tua voz ouvida às margens do Reno

Contextura da loucura, perdidos.

Bramidos que sibilam nas alcovas

O luar cru da alvorada invade o quarto

Devasso, escasso no passo farto.

Amantes passam, peçam aos que pensam

No calor um ardor, no amor não cessam

Num contentamento o alento encovas.

Dr Pavlov

Dr Pavlov
Enviado por Dr Pavlov em 30/07/2009
Reeditado em 30/07/2009
Código do texto: T1728224
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