A Passante II
No passo ágil vai passando na rua
Bela dona de formosas melenas
De olhos negros da visão que recua
Nesses olhos de tépidas sirenas.
Na acepção exata dobra a quina crua
No olhar ritmado de fadas alógenas
A sua aparição devora a atração nua
Presa e livre nas belezas endógenas.
Ela é mestra na arte airosa de seduzir
O poeta que nunca vai te esquecer
Ó fêmea bela que passa a ensandecer.
Naquele baque estou a morrer de eduzir
Saio da floresta escura a tua procura
No desvario o delírio da loucura.
Dr Mendelev