__Soberbo corte___

A noite traz, às juras luminares,

Confidências, enquanto o mundo dorme.

A Via Láctea... Ah! Os meus sonhares!

Estrelas de um rosário... Céu enorme!

A noite de silêncio posta a voz

No monárquico frio da madrugada.

Flagelo glacial, deixai-me a sós!

Por Deus, deixai-me! Sim, a condenada!

O amor entregue à terra dos vazios,

Nas escolas noturnas, aos que queiram,

Em dias magros, secos, tão esguios!

Ir vê-lo no infinito. Ó grande astro!

Em temporais de areia que incendeiam,

Matar-me no meu céu sem deixar rastro!

Canoas, julho de 2009/RS

Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 03/08/2009
Reeditado em 03/08/2009
Código do texto: T1734692
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