PRINCESA DESALENTO
A ti dedico O MEU SONETO, amada.
OS VERSOS QUE TE FIZ são só ternura;
são a LEMBRANÇA DE UM CONTO DE FADA,
na eterna ANGÚSTIA de esquecer TORTURA.
São as RUÍNAS de uma alma cansada;
tomada de SAUDADE e de amargura,
sempre EM BUSCA DO AMOR, extenuada,
procurando afastar toda LOUCURA.
A NOITE DESCE na CHARNECA EM FLOR
e, neste ANOITECER que mata o amor,
com NOSTALGIA, sinto a REALIDADE,
que DEIXA ENTRAR A MORTE num instante,
a transformar em SOMBRA o teu semblante:
ÚLTIMO SONHO DE SÓROR SAUDADE !
(soneto decassilabo)
Homenagem à poetisa portuguesa Florbela Espanca (1895-1930)
(Nota: Os termos em maiúsculo,em destaque, são títulos de poemas de FLORBELA).