Soneto XVIII

Um amor que passa por entre a alma

No exato contato o ato nato evito

Acredito, recito, dito o verbo que fito

Uma luz crua submerge o meu ser e acalma.

Num passo eventual, paro, peço e penso

Na cripta, apenas duas estátuas e ossos

Sorvo meu siso e deito meus remorsos

Nas letras lúcidas de mania e senso.

Na poesia a catedral de vida e morte

Excentricidade traga meus versos

Nos alcances da razão e dos excessos.

No cerne a chaga dos anseios e meios

No oceano imaginário os recheios

Um sol triste de inverno infesta o norte.

Dr Smithy

Dr Smithy
Enviado por Dr Smithy em 12/08/2009
Código do texto: T1750220
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