Soneto XVIII
Um amor que passa por entre a alma
No exato contato o ato nato evito
Acredito, recito, dito o verbo que fito
Uma luz crua submerge o meu ser e acalma.
Num passo eventual, paro, peço e penso
Na cripta, apenas duas estátuas e ossos
Sorvo meu siso e deito meus remorsos
Nas letras lúcidas de mania e senso.
Na poesia a catedral de vida e morte
Excentricidade traga meus versos
Nos alcances da razão e dos excessos.
No cerne a chaga dos anseios e meios
No oceano imaginário os recheios
Um sol triste de inverno infesta o norte.
Dr Smithy