A infância no cemitério

A infância no cemitério

Aos Domingos quando o sol aporta feliz

na casa de todas crianças do mundo

levavam-me em silencio profundo

para a casa do repouso de almas senis.

E minha vontade imensa de correr

era contida pelo olhar de meus pais

o riso se perdia pelo meu ser

dando lugar para as lágrimas banais

E eles só choravam,não sei bem o porquê...

e minhas mãos apertavam,sem querer...

a soluçar um nome...(talvez de um filho)

Mas eu olhava pros cachorros que passavam

magros porém inda vivos,brincavam

a morder uns garotos maltrapilhos.

Tito Livio Lisboa
Enviado por Tito Livio Lisboa em 12/08/2009
Código do texto: T1750595