Ao acaso...

Se amar-te, porventura, não quisesse,

E meu peito se fechasse, ao teu querer,

E a paixão, meu coração se arrefecer,

Seria eu então, feliz, se o fizesse?

Se ao deitar, em ti pousar meu pensamento,

E me lembrar de cada dia de nós dois,

Mesmo que o pranto se enxugue nos lençóis,

Recordar-te, não seria só lamento.

Se fui feliz, quero guardar-te na memória,

Como fator de aprendizado e alegria,

Nessa estrada, em que vou, sem conhecer.

E, quando acaso, um dia, sem querer,

Nosso destino, se cruzar à revelia,

Quero sorrir, ao me lembrar de nossa história.