Soneto XVII

Um instante pra saber todo o poder

Sei lá se sou um demônio, um arranjo

Muda a brisa, avisa o pranto deste anjo

Cético o poético verseja a pender.

Um santo, no canto do desencanto

Na luz nua que cai sobre o poeta

Perdidas decepções do hábil esteta

Jurado, marcado, ceifado encanto.

Pois, embora o poeta vá sofrendo,

Anjo caído, na nostalgia morrendo

As trevas advêm do céu da razão.

Sobre a dor, esquivo amor em perigo

Uma radiação que cai sobre o castigo

Demora que devora o coração.

Dr Smithy

Dr Smithy
Enviado por Dr Smithy em 12/08/2009
Reeditado em 12/08/2009
Código do texto: T1750634
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