Ser

No silêncio do cosmos, nem noite nem dia,

mistérios que se adensam, planeta que jaz,

a verdade escondida, é estrela da paz

porque os homens anseiam; é sabedoria.

Sabe ser como terra pra nos confortar,

ou nutrida qual água, que nos alimenta;

também o ar conserva, só pra respirar,

e o fogo que nos cede energia atenta.

Ser uno, sideral, sempre em estreita união

com o cosmos, a terra e seus alimentos

do corpo, até da mente, buscando paixão

nas vidas que partilha e seus sofrimentos

que são meus, que são nossos, e transformarão

este mundo num só, como seus elementos.

Sintra, 23/04/2006

António CastelBranco
Enviado por António CastelBranco em 15/06/2006
Código do texto: T175799