As Horas
Tens estado um tanto quanto irrequieta
No fim pensa, peça e em passos persiste
No verbo amar, a lagrimante existe
Pois escrevo na luz crua a voz do poeta.
Na onda o ritmo, o cismo do coração
Aquela lua nua se insinua aos desejos
Do amor à dor que fere o peito, vejo...
Algum dia, no tempo mudo da ação.
Lágrimas da vida e as infindas horas
Dos desejos perenes as pontes devoras
E a saudade constrói o poema que sonhei.
Na mente o último abrigo que encontrei
Nas palavras seria o mago da eterna voz
No encontro cortante a viagem e a foz.
Dr Mendelev