É Dor, É Dor!

Murchei tanto

Que nem parecia gente.

Não me meti a reter o pranto

Nem úmido, nem ardente.

Trapo inútil me varreu

Empalideci, engasguei

Emudeci cantos, declinei,

Pedras brutas na memória, mas valeu!

Peço cândido pela absolvição

Tive enxadas, não o chão.

O leso da semente me deu a mão

Demais, as ramas vão à profusão.

Queria ter em mim a rosa,

Admirar, despetalar, sonhar...

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 15/06/2006
Reeditado em 13/09/2007
Código do texto: T176177
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