A PAZ QUE PERQUIRIMOS
Deve ser o mel que da boca exsuda
A amainar manhãs com puro desejo
Que ensejo o meu à boca muda
Fez-me primo da Vera... e o pejo.
Oh! Resquício livre – sol em prosa –
Trouxe rara lua plácida no vão estalo
Se apregoa a vida, indócil ira goza
No brumado rosa, inda fosse ao ralo.
Parece imensa foice, a rinha breve
Cai ao mar, esgota-se, mira o “oi”
Holocausto brando que se atreve
No lume, a corja falha – e se foi.
Dera tal paz prescrita por deuses
Reinasse hoje, sempre e às vezes.