Soneto da meia-noite

Noite fria,noite silenciosa

deserta...nem a lua mostra face

apenas as nuvens vagam sem impasse

na louca escuridão que não se dosa

No meu alvo quarto,inquieto adormeço

nas mãos trêmulas de um pesadelo

que me queima a pele e me molha o cabelo

com a visão de alguem em meu endereço...

Pois é um fantasma que desceu dos céus

que deixa à mostra seus túmidos seios

já que usa brancos e diáfanos véus

Violenta minha carne sem receios

e depois parte atrás de um novo incréu

seminua como ao meu quarto veio.

Tito Livio Lisboa
Enviado por Tito Livio Lisboa em 25/08/2009
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