Soneto da meia-noite
Noite fria,noite silenciosa
deserta...nem a lua mostra face
apenas as nuvens vagam sem impasse
na louca escuridão que não se dosa
No meu alvo quarto,inquieto adormeço
nas mãos trêmulas de um pesadelo
que me queima a pele e me molha o cabelo
com a visão de alguem em meu endereço...
Pois é um fantasma que desceu dos céus
que deixa à mostra seus túmidos seios
já que usa brancos e diáfanos véus
Violenta minha carne sem receios
e depois parte atrás de um novo incréu
seminua como ao meu quarto veio.