Soneto da tristeza

Bateu-me à porta,delicada mulher

cantou-me uma deliciosa ária

deixando o gosto de promessas várias

no meu coração de idiota qualquer

Meus olhos cerraram rapidamente

pois depositei,na ilusão sem beira

confiança plena na feiticeira

que trazia nas mãos a vida contente.

Mas quando meus puros olhos reabri

percebi que nada mais estava ali

nem meus anos,nem sonhos,nem beleza

Só entao revelou sua identidade

entre um riso e outro eivado de maldade:

prazer amigo,meu nome é tristeza.

Tito Livio Lisboa
Enviado por Tito Livio Lisboa em 27/08/2009
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