O TREM DA VIDA
O TREM DA VIDA
Não adianta nada lamentar
A flor que cai, a pétala sem vida.
O trem apita, é hora da partida.
Um mundo à frente, um outro pra olvidar.
Mas a memória existe a cutucar
A alma itinerante enternecida;
E, como a flor, a lágrima caída,
Aos nossos olhos não irá voltar.
E segue o trem, insiste na jornada...
Serras, pontes, cidades... Solidão.
Mas, por maior que seja, a tal estrada
Não tem retorno, o mundo é uma ilusão.
O trem da vida segue a caminhada
Até chegar à última estação.