A Rosa

Ó Cravo, Por que tu magoaste a rosa

Que te declara amor pra eternidade?

Porque cometeste esta atrocidade

Ela tem andado triste e chorosa.

Não a viram mais numa roda de prosa,

Porque triste trancou-se em sua saudade.

Tu, cravo, cheio de orgulho e cruel vaidade,

Nem te tocas o quanto ela é formosa.

Como tu encontrarás felicidade

Amando a muitas flores do jardim?

A que te ama, tu tratas com crueldade.

Se continuares como louco assim,

Desprezando a que te ama de verdade,

Breve tu a perderás para o jasmim.

Sebastião Barros
Enviado por Sebastião Barros em 01/09/2009
Reeditado em 09/05/2013
Código do texto: T1787321
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