QUERO
Sou Quasímodo, surdo ao badalar
Dos imbecis. Não busco a opinião
Da massa desastrosa, popular,
Com o respaldo da insatisfação.
Busco a voz séria, honesta, familiar,
Saída dos confins do coração,
Pra oferecer ao mundo um novo altar
Onde haja amor em franca evolução.
Ignoro as mundanas fantasias,
As leprosas e rudes alegrias
Que à alheia dor já fazem a granel.
Quero fazer do mundo um doce reino
Como se fora um milagroso treino
Para as delícias imortais do Céu!