SILÊNCIO...
Quando a vida silencia e os bem te vis emudecem
Não há mais nada, apenas o deserto e a solidão...
Em nossa volta as mágoas e dores fenecem
Para sentir na alma a fragilidade, a eterna ilusão.
E se a chuva permanece feito cortina de espinhos
Pintando o céu de tom cinza, melancólico, tristonho
Arrasta sobre si ao peso por decidir seus caminhos
Ciente da verdade que se veste de fantasma medonho.
Se o silêncio, esse anacoreta que trancafia a alma
Tenta consumir os vestígios de sonhos e flores
Resta somente uma página branca... tão alva...
São apenas versos... versos... nada mais sobrevive
E cada vez mais se contorce em suas fortes dores
Agonizando dia após dia, finge ser feliz e... convive!