Vem! Dizias-me tu
Vem! Dizias-me tu.
Vem! Dizias-me tu quando me vias...
Então, como um humilde cachorrinho,
Seguia o teu odor, pelo caminho,
Quando, esquivamente, te escondias.
Vem! Dizias-me tu nas euforias,
Das noites que provaste o meu carinho
E, perdida nos sonhos do teu ninho,
Libidinosamente, me sorrias.
Ainda hoje te vejo louca e bela,
No teu jeito esquivo de gazela,
E, sorrindo, Dizendo-me: Vem! Vem!
Já passou algum tempo, muitos dias…
E ainda dizes vem, como dizias,
Mas cada vez te sinto mais além.
Cândido