SENZALA


Se teus olhares seguem em segredo
Aonde alcance o mar o proibido
Espelhos entrevistos que são medo
Afligem tua insânia amor contido

Cenário que conduz a engano ledo
Nas cores do desejo remoído
Em que o mistério cede à voz mais cedo
Aquela voz mais forte e sem sentido

O meu querer é outro, é previsto
No foro expresso d’alma se regala
E se distrai enquanto o resto é quisto

Inúmeras quimeras de uma escala
Acordes dissonantes do imprevisto
Um coração quiçá como em senzala


Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 24/09/2009
Código do texto: T1828690
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